Por: Por Hellen Correia/ Professora, Comunicóloga e observadora da política sergipana
Foto: Ascom/Secretária Municipal da Saúde - DivulgaçãoVacinação é um assunto sério e precisa ser tratado com muita responsabilidade pelos órgãos públicos, mas parece que toda polêmica que permeia o noticiário no país acerca da guerra entre vacinados e anti-vacinas parece estar longe de ter um fim.
Numa iniciativa clara e talvez até irresponsável de mostrar serviço à população, um dos canais de comunicação da Prefeitura Municipal de Aracaju recentemente fez um desserviço quando questionado por uma cidadã se o seu irmão, de 8 anos, deveria tomar CoronaVac ou Pfizer. A resposta foi objetiva e direta: “ - Você escolhe”.
Foto: Ascom/Postagem Instagram da secretaria Municipal da Saúde
Todos sabemos que a escolha da vacina além de imoral, é descabida. Somente em casos de pacientes imunocomprometidos há uma definição feita pelo profissional de saúde, baseada em evidências científicas, de qual vacina é indicada.
Mas não se enganem. A semente do pensamento anti-vaxx também está dentro da PMA. Todos sabemos do apoio ferrenho, banhado a juras de amor entre o prefeito Edvaldo Nogueira e o deputado federal da base conservadora Laércio Oliveira, apoiador do PR Jair Bolsonaro, defensor do movimento anti-vaxx.
Nesse universo de interesses políticos e promessas eleitorais, um apadrinhamento vale mais do que a ciência? É preciso analisar os fatos e fazer as ponderações necessárias: dar a oportunidade de escolher a vacina foi um erro de comunicação ou a árvore da desinformação começou a dar frutos também em Aracaju?
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